Outro dia conversava com um amigo, advogado, sobre a carreira profissional, sobre a função de líder, papel que ele exercia em um grande escritório de advocacia.
No rápido bate-papo surgiu uma reflexão que podemos todos fazer. O quanto nós, advogados, temos consciência da relevância e do poder de transformação do exercício da liderança no desempenho da advocacia?
Tenha você, ou não, a intenção de liderar, convido-o a pensar se a grande sacada é perceber que o só fato de controlar a mente e o comportamento reduziria as interferências das solicitações, emoções e incontáveis distrações e impulsionaria o nosso próprio desenvolvimento profissional e pessoal e, como resultado, nos permitiria contribuir imensamente mais com os clientes que nos procuram, com as pessoas no ambiente de trabalho, com a sociedade.
Podemos começar, assim, com a liderança de nós mesmos. Quem, em busca de evolução e sucesso, pode não ambicionar isso?
Na ebulição das transformações que têm ocorrido tão rápida e intensamente na sociedade e no mundo, é natural que também as empresas e organizações precisem se engajar e mudar e, nestas, os verdadeiros líderes assumem especial e importante papel. São eles que iniciam as mudanças, as conduzem com sabedoria por meio das pessoas, mantêm o processo de maneira sustentável e concluem tudo de forma bem sucedida.
Assim, os líderes necessitam ser treinados, orientados e ter arcabouços técnicos e conceituais para pilotar com maior eficácia o processo de passagem. É preciso que sejam realistas sobre o que é preciso fazer e terem coragem de assumir posições. A criatividade e a colaboração são imprescindíveis. Ampliar a capacidade de ouvir e de provocar empatia. Por fim, o verdadeiro líder relaciona-se bem com todos, é aberto a novas ideias, extrai o melhor potencial da equipe, consegue seguir a sua intuição (diferenciada e potencializada) para tomar as decisões mais acertadas e, não bastasse isso tudo, consegue inspirar o desempenho elevado de todos, mesmo em tempo difíceis.
Para os líderes de um grupo de pessoas, deixo aqui o que considero uma impactante contribuição de John Wooden, no livro Jogando para Vencer: “Estabeleça um padrão pessoal de desempenho – seu comportamento em todas as áreas – tão exemplar que aqueles que você lidera achem difícil de ser igualado e mais difícil ainda de ser superado. Seja mais exigente consigo mesmo, seja o modelo do que deseja que seu time se torne. Não espere que os outros controlem a qualidade do que você faz, seja seu crítico mais ferrenho“.