Ideias que orientam nossa Filosofia

As emoções. A ancestralidade. O passado e o presente.

AS EMOÇÕES. A ANCESTRALIDADE. O PASSADO E O PRESENTE.
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O biólogo Humberto Maturana, em suas pesquisas na área do conhecimento, concluiu que as alterações no determinismo estrutural do homem não se dão na razão, mas, sim, através da emoção.1 Esclarece também que usamos nossa razão para sustentar ou para esconder nossas emoções, o que fazemos frequentemente sem estarmos conscientes. Mais do que isso, afirma, também, que normalmente não estamos totalmente conscientes das emoções sob as quais escolhemos nossos diferentes argumentos racionais. O resultado é que raramente estamos conscientes do fato de que são nossas emoções que guiam nosso viver, mesmo quando afirmamos que estamos sendo racionais.

Portanto, estar consciente é fundamental.

De outro lado, os estudos ensinam que “os registros mnêmicos, guardados no inconsciente, exercem influência no psiquismo do ser humano em sua vida pós-natal. Diz, ainda, que entende-se que, estes registros, quando traumáticos, podem auxiliar na compreensão de psicopatologias de origem primitiva, ou seja, parte-se do entendimento de que quanto mais precoce a falha, falta ou trauma, mais grave será a psicopatologia” (AZEVEDO,2012, p.68)2.

Portanto, a abordagem sistêmico-fenomenológica traz grande contribuição na medida em que auxilia o indivíduo a entrar em contato com sua realidade inconsciente e até mesmo ancestral para olhá-la sem julgamento, sem intenção, apenas como testemunha, em perfeita concordância, o que pode trazer honra onde tenha existido vergonha, medo, raiva e outros sentimentos negativos e aprisionadores.

1 Maturana, Humberto. Cognição, Ciência e Vida Cotidiana. Organização: Cristina Magro, Victor Paredes. Belo Horizonte : Ed. UFMG, 2001. Pag. 181/182. “Emoções e Racionalidade”.

2 AZEVEDO, E.; MOREIRA, M. Psiquismo fetal: um olhar psicanalítico. Diaphora. Revista da Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, v.12, n. 2, p. 64-69, 2012.